Mês da Bíblia
Padre Wagner Augusto Portugal
Setembro é um mês dedicado ao estudo da Bíblia. Dos chamados meses temáticos, neste queremos ouvir a Palavra de Deus de uma maneira mais efetiva. Não quero dizer que a Santa Igreja não dedique os outros onze meses para a leitura e a reflexão da Palavra de Deus. É que, em setembro, faz-se um grande mutirão para lembrar aos católicos a importância da Mensagem Divina.
É importante conhecer os ensinamentos do nosso Deus. “Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores. Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite. Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera” (Sl 1,1-3).
Assim, neste mês de setembro, quando a natureza se aflora em cores várias, acenando a mais bela estação do ano – a Primavera – a Mãe Igreja abre-nos os Livros Sagrados, para que o olor de seus ensinamentos nos seduza e dediquemos especial atenção ao estudo da Palavra. Não é apenas ler, mas abstraí-la, interpretá-la corretamente e, mais importante ainda, vivê-la. É na vivência da Palavra e na participação da Eucaristia que nos faremos discípulos e missionários, evangelizadores em nosso tempo.
A Revelação é a manifestação de Deus aos homens, de Si mesmo e de outras verdades necessárias para a salvação eterna. Essa Revelação está nas Sagradas Escrituras e na Tradição Apostólica, é o Depósito da Fé confiado por Nosso Senhor à sua Igreja. Dedicar-se ao estudo e à meditação da Palavra de Deus é aproximar-se de Deus, é abrir-se para a ação da graça, é permitir-se a efusão do Espírito Santo. A Bíblia, instrumento “pelo qual Deus fala aos fiéis em cada dia, converte-se deste modo em estímulo e manancial da vida cristã para todas as situações e para todas as pessoas”, exorta-nos o papa Bento XVI, afirmando que “ler a Escritura é conversar com Deus” (Catequese de 7/12/2007).
“Como a vida da Igreja cresce com a assídua freqüência do mistério eucarístico, assim também é lícito esperar um novo impulso de vida espiritual, se fizermos crescer a veneração pela palavra de Deus, que ‘permanece para sempre’”. Este foi o desejo expresso pelo Papa Paulo VI na Constituição Dogmática “Dei Verbum” (18/11/1965). Este é o desejo que a Igreja sempre manifestou na formação de seus filhos. Isto é essencial na formação de missionários evangelizadores em nossos dias.
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