Estive na última quarta feira de abril, 28, celebrando a alegria da Ir. Frassinetti Fernandes, pelo seu aniversário natalício, na Capela de sua Comunidade Religiosa – Sinal de Esperança – situada à margem esquerda do Rio Ceará, no Parque Leblon, em Caucaia, na Grande Fortaleza, desde março de 1973.
Faz 37 anos que as Irmãs, Filhas de Santana, marcam presença naquela área da Barra do Ceará, embora tenham completado, recentemente, 125 anos no Brasil e 144 anos de existência no mundo. Nasceram da ousadia e coragem de uma esposa e mãe, a genovesa Rosa Maria Benedetta Gatorno, num tempo em que a Itália estava cheia de tribulações políticas, culturais e religiosas, na 2ª metade do século 19. Foi, exatamente, aos 03 de Janeiro de 1866, que se deu o encontro histórico de Rosa Gatorno com o Papa Pio IX e decidiram pela fundação do Instituto das “Filhas de Santana” para dedicar-se às obras de caridade, visitar e aliviar dores físicas e espirituais dos pobres e enfermos, considerados as pérolas do Senhor, tudo isso, alimentado por uma vida intensa de oração, amor à eucaristia e à penitência, continuando até nossos dias. Isso lhe valeu o título de Beata, dado por João Paulo II a 09.04.00.
Desde a minha infância, como seminarista, aqui em Sobral, que tenho um bom contato com as Filhas de Santana: no seu grande Colégio, no centro da cidade; na Santa Casa, no Abrigo Sagrado Coração de Jesus, no palácio do Bispo Diocesano, hoje Museu D. José e, por onde andei, nunca as perdi de vista: em Recife, em Fátima de Flores – PE e, agora, de novo, convivendo com elas, no Abrigo, onde resido, e no Parque Leblon, ao lado esquerdo de quem passa no pedágio de descida da ponte sobre o Rio Ceará. Aqui tenho dedicado um pouco do meu tempo, a cada 15 dias, quer celebrando na Capela do Bairro, para toda a comunidade, quer na Capelinha das Irmãs, somente pra elas.
O que me tem chamado mais a atenção é o crescimento da comunidade eclesial, ao longo desses 37 anos. Inicialmente, apenas um ponto de acolhida para retiros, encontros, repouso, férias e descanso das irmãs. Depois, foi-se ampliando com visitas às famílias, catecismo para as crianças, realização da “Feira da Bondade”, construção de um Salão Comunitário, de uma Creche para atender cerca de 120 crianças, entre 06 meses e 07 anos e até uma Escolinha que recebeu o nome de S. José e seguia a orientação do Método Paulo Freire.
A essas alturas, ninguém segura mais a Comunidade do Parque Leblon. Ao lado de todo esse progresso social e organizativo, iam também sendo desenvolvidas atividades missionárias e catequéticas comemorativas do Natal, Dia das Mães, da Criança, da Padroeira, Páscoa, Semana Santa, procissões, mês mariano, celebrações eucarísticas, preparação para sacramentos, instalação de ambulatório, gabinete dentário etc.
A experiência se tornou tão amadurecida e respeitada que a própria Casa das Irmãs foi, como que, um laboratório de formação: por mais de 05 anos funcionou como “Aspirantado da Província”, até ser transferido para a cidade de Milagres, no Cariri cearense. Em rápidas pinceladas, quero prestar essa homenagem à Congregação das Filhas de Santana, em seus 144 anos de ação pastoral no mundo, dos quais, 125 no Brasil. Destes, 37 dedicados a uma comunidade periférica, entre os habitantes mais pobres e simples da grande Fortaleza, que agradecem de todo o coração, pelos muitos benefícios trazidos para eles. Parabéns, Irmãs. Parabéns, Ir. Frassinetti, pelo seu aniversário!
Pe.Assis Rocha - Assessor de comunicação - Diocese de Sobral
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